segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Caralluma, a nova solução de emagrecimento?!

A Caralluma Fimbriata, é uma grande planta suculenta encontrada na selva da África, nas Ilhas Canárias, Índia, Arábia, Europa e Afeganistão. Estas plantas podem crescer ao ar livre, nas partes mais mornas e mais secas do norte da América, ou em estufas e jardins de janela.

Dizem os estudiosos que a planta é usada para suprimir fome e apetite e aumentar a resistência. Em outros momentos, também foi considerada como "comida da escassez", utilizada durante períodos de escassez para suprimir o apetite, o povo da Índia, mastigava a planta em pedaços grandes no dia em que iam caçar, pois alegavam não sentir fome o dia todo e ainda obtiam resistência. Caralluma Fimbriata é um legume de uso diário na Índia tribal.

Os países que costumam incrementar seus pratos com esse legume, utilizam ela cozida com temperos e sal, podendo ser comida também, crua.
No Brasil a planta não era conhecida nem utilizada, mas agora virou moda, como outras coisas que já se tornaram moda e hoje em dia o povo nem lembra mais. Afinal, será que ela emagrece mesmo? sim, dizem os estudos que ela realmente traz esses efeitos que o povo indiano relata, mas eu, como nutricionista, fico em alerta, pois, como um ser humano vai ficar dia todo sobrevivendo só com um pedaço de legume?, não é possível que uma planta dessa tenha capacidade de obter tanta caloria e nutriente que supra toda a energia gasta pelo organismo durante todo o dia, sou desconfiada e suspeito. Só passarei  informações precisas quando sairem mais estudos a respeito do assunto. De qualquer forma, pra quem for ingerir as capsulas encontradas no Brasil, não esqueça de adequar sua alimentação também, para não lhe causar danos futuros e lembrem-se: os indianos utilizavam isso como fonte de sobrevivencia, pois precisavam passar o dia fora pra caçar e não utilizavam como fonte de emagrecimento.

domingo, 14 de novembro de 2010

E quando não há mais solução?

"Quando a chance de sucesso é pequena, mas a alternativa ao tratamento é a morte, e o paciente deseja ser tratado, o presuposto deve ser em favor do paciente" J. D. Lantos.

Imagina a cabeça de uma pessoa quando descobre que está com uma doença na sua fase terminal e que o tratamento seria ineficaz! O que você faria se fosse com você ou alguém de sua família? Não gosta nem de pensar nisso não é mesmo? Nem eu, mas enfim, é desse assunto que eu falarei hoje.

Neste momento, o que se torna mais importante,  são os cuidados paliativos dos profissionais de saúde, tanto com o paciente, quanto com seus familiares. A visão filosófica dos cuidados paliativos está pautada em princípios fundamentais: VALORIZAR A VIDA E CONSIDERAR A MORTE COMO UM PROCESSO NATURAL. Cada profissional, capacitado para esse fim, decidirá junto com a família qual será a melhor conduta. A comunicação do paciente com o profissional é fundamental dentro dos cuidados. O bom humor, a alegria e a confiança proporcionam a construção das relações terapêuticas incluindo nisso o cuidado emocional que é bem importante nessa hora.
No câncer terminal, por exemplo, os pacientes enfrentam como conseqüências do tratamento, náuseas, vômitos, alterações no paladar, entre outros, que levam a anorexia e caquexia, esses estágios da doença fazem com que os pacientes se sintam mais debilitados, fisicamente e psicologicamente. O momento em que eles percebem mudanças físicas relacionadas a doença, ocorre um forte impacto negativo, porque para eles, isso significa a aproximação da morte, refletindo diretamente na piora da sua qualidade de vida, desviando o objetivo dos profissionais de saúde, que é justamente a melhora da qualidade de vida para que seja alcançada a dignidade da pessoa humana, até sua morte. Parece “frio” eu falar assim, mas é isso mesmo, procuramos oferecer o maior conforto mental e físico para aqueles pacientes terminais, ajudando ele e a família no que for preciso. E o conforto físico está diretamente ligado a questão do ganho de peso.

Existem várias estratégias para se reverter o quadro de perda de peso, a mais importante sem dúvida é a terapia nutricional. O aumento da ingestão calórica, como suplementos orais para suprir as necessidades diárias do paciente, as terapias de nutrição enteral (possuo um outro tópico dentro do site falando disso) e parenteral (quando os pacientes não estão aptos a receber dieta oral), são atitudes que podem ajudar no ganho de peso e consequentemente melhorar a qualidade de vida do doente, oferecendo mais energia, conforto e segurança nos seus últimos momentos de vida! O nutricionista tem um papel fundamental nessa fase, devendo se impor e mostrar sua importancia, para os pacientes, familiares e para os próprios médicos, que as vezes desacreditam da hidratação e da terapia nutricional, alegando que remédios para dor é a única solução para o fim da vida!